quinta-feira, 21 de abril de 2011

Uma simples mentira ...

Não é fácil conviver com uma mentira, ela nos atinge de tal forma, que, mesmo que não liguemos, acabamos sendo afetados de alguma forma. Uma apunhalada nem sempre é pelas costas, de vez em quando vem de encontro a você, e você, pacato, achando que é uma carícia, acaba chegando mais perto ainda da pancada, procurando se ferir, se atingir de tal forma que para se recuperar fica difícil ...
Um grande vão há entre o buraco da maldade e a ilusão do bem, prefiro continuar na linha tênue que divide esses dois submundos do qual venho chamando de lar. Cansei de tentar entender ou decifrar quando isso tudo vai acabar, quando a procura por uma alma disponível à venda à vista ou à prestação, ou então nem precise ser vendida, que venha de encontro ao seu lar, o lar em que vai residir, a divisa entre o malévolo e o benévolo, um lugar tranquilo e calmo, iluminado e guiado, mas ao mesmo tempo escuro e sombrio, envolvido de pesadelos e trilhas indecifráveis, das quais você tem que improvisar para não cair fora do jogo, é, isso é tudo apenas um jogo, o jogo da mentira e da verdade, o jogo do bem e do mal, o jogo da vitória e da derrota, o jogo da benção e da maldição, o jogo do milagre e da redenção.